Discografia comentada: Chico Buarque
Chico Buarque de Hollanda - 1966
Esse álbum é um conjunto de sambas que Chico havia guardado desde que começou a compor, com "Tem Mais Samba". É um disco de altos e baixos, que tem seus pontos fortes em "A Banda", "A Rita", "Ela e sua janela", "Pedro Pedreiro" e "Olê Olá". De resto, tem somente músicas tediosas e algumas forçadas. Enfim, é um disco que você pode adquirir partes dele, com toda a tecnologia de hoje em dia. Eu só compraria o álbum se realmente fosse colecionador. B+
Chico Buarque de Hollanda - 1967
Esse disco contém as atemporais "Noite dos Mascarados", "Com açúcar, com afeto", "Fica" e "Quem te viu, quem te vê". O lado B é quase dispensável. O próprio Chico admite que ficou com menos sambas da época em que compunha e guardava. Ele, agora, tinha que compor e lançar, e o estoque estava acabando. B+
Chico Buarque de Hollanda - 1968
O meu avô tinha esse vinil. O lado A é quase perfeito, e o lado B, novamente tem sambas pouco chamativos. A presença de "Roda Viva" demonstra uma mudança de fase do autor, agora com letras mais engajadas e complexas. Ele, que tem pavor a "Carolina", talvez devesse saber que essa música fez e continua a fazer muito sucesso. A-
Chico Buarque na Itália - 1969 / Per un pugno di Samba - 1970
Gravações em italiano de suas músicas, numa época em que se encontrava auto-exilado e queria construir uma carreira sólida na Europa (segundo o próprio, em entrevista). B
Chico Buarque de Hollanda - 1970
Não sei por que o Chico despreza tanto esse disco. Feito às pressas, sim. Arranjos postos por cima, sim. Mas o resultado, que é o que importa, ficou excelente. Com "Gente Humilde", "Pois é", "Essa Moça tá diferente", "Rosa dos Ventos", "Nicanor" e "Os Inconfidentes", esse se faz um dos grandes álbuns do Chico. A-
Construção - 1971
Esse álbum marca de vez a mudança intelectual do artista, já sinalizada no álbum anterior. Do disco como um todo, nada se perde. Até "Acalanto" é boa, apesar de ser bem triste. Foi, sem dúvidas, um divisor de águas na carreira do compositor. A
Sinal Fechado - 1974
Versões muito bem feitas e uma música própria, "Acorda, amor", com assinatura do seu pseudônimo Julinho da Adelaide. A-
Meus Caros Amigos - 1976
Esse álbum e o que o segue são verdadeiras obras-primas da música brasileira, e, como tal, têm de serem todo dia postas para tocar, terem versões constantes de outros artistas, e tudo mais. Desde "O Que Será (À Flor da Terra)" até "Meu Caro Amigo", o disco é uma viagem pela então criativa mente de Chico. A+
Chico Buarque - 1978
Também conhecido como "Feijoada Completa", nome da primeira música, esse disco é feito de músicas novas, regravações de canções censuradas e ainda um cover de uma canção em castelhano. Tudo nele soa bem, desde temas animados como "Apesar de você" até músicas tristes como "Pedaço de Mim". A+
Vida - 1980
Eu, particularmente, tenho muito apreço por esse álbum e pelo que o sucede. Temas como "Vida", "Mar e Lua", "Bastidores", "Morena de Angola", "Bye Bye Brasil" e "Não Sonho Mais" são clássicos da MPB. Acho que todo mundo teria que ter uma cópia desse álbum em casa. A-
Almanaque - 1981
Um álbum doce, com algumas letras à beira do nonsense (como em "A voz do dono e o dono da voz", protesto contra a gravadora antiga) e músicas românticas ("As Vitrines", "Ela é dançarina", "Tanto Amar" e "Amor Barato") e realistas ("O meu guri"). Enfim, um disco que se destaca na grande obra de Chico. A
Chico Buarque - 1984
Nesse álbum, Chico começa a dar sinais de fadiga criativa. Apesar de ainda ter grandes temas como "Pelas Tabelas", "Vai passar", "Samba do grande amor" e "Suburbano Coração", o disco como um todo não é como os dos tempos áureos. Mas, sim, ainda é excelente. B+
Francisco - 1987
O disco se resume em "O Velho Francisco", "Cantando no Toró" e Chico tentando fazer literatura em música. C
Chico Buarque - 1989
Temas bonitos e melodias bem pensadas. A canção cantada por Bebel é fora de série. "O Futebol" também se destaca. É, com certeza, um passo maior do que o anterior. C+
Paratodos - 1993
O álbum que levou Chico de volta às paradas de sucesso. Com temas diversificados, ele é criativo do início ao fim, o que demonstra que alguns artistas (como Dylan), conseguem fazer música de qualidade mesmo depois de maduros. B+
As cidades - 1998
Capa criativa e "Carioca". C+
Carioca - 2005
Canções memoráveis como "Subúrbio", "Ode aos Ratos", "Dura na Queda", "Ela Faz Cinema" e "Renata Maria" (em parceria com Ivan Lins), lançadas ao lado de músicas lentas. B+
Chico - 2011
Um álbum extremamente bem feito e do qual não se perde uma só canção. É, certamente, um produto que você deve conferir. A-
Esse álbum é um conjunto de sambas que Chico havia guardado desde que começou a compor, com "Tem Mais Samba". É um disco de altos e baixos, que tem seus pontos fortes em "A Banda", "A Rita", "Ela e sua janela", "Pedro Pedreiro" e "Olê Olá". De resto, tem somente músicas tediosas e algumas forçadas. Enfim, é um disco que você pode adquirir partes dele, com toda a tecnologia de hoje em dia. Eu só compraria o álbum se realmente fosse colecionador. B+
Chico Buarque de Hollanda - 1967
Esse disco contém as atemporais "Noite dos Mascarados", "Com açúcar, com afeto", "Fica" e "Quem te viu, quem te vê". O lado B é quase dispensável. O próprio Chico admite que ficou com menos sambas da época em que compunha e guardava. Ele, agora, tinha que compor e lançar, e o estoque estava acabando. B+
Chico Buarque de Hollanda - 1968
O meu avô tinha esse vinil. O lado A é quase perfeito, e o lado B, novamente tem sambas pouco chamativos. A presença de "Roda Viva" demonstra uma mudança de fase do autor, agora com letras mais engajadas e complexas. Ele, que tem pavor a "Carolina", talvez devesse saber que essa música fez e continua a fazer muito sucesso. A-
Chico Buarque na Itália - 1969 / Per un pugno di Samba - 1970
Gravações em italiano de suas músicas, numa época em que se encontrava auto-exilado e queria construir uma carreira sólida na Europa (segundo o próprio, em entrevista). B
Chico Buarque de Hollanda - 1970
Não sei por que o Chico despreza tanto esse disco. Feito às pressas, sim. Arranjos postos por cima, sim. Mas o resultado, que é o que importa, ficou excelente. Com "Gente Humilde", "Pois é", "Essa Moça tá diferente", "Rosa dos Ventos", "Nicanor" e "Os Inconfidentes", esse se faz um dos grandes álbuns do Chico. A-
Construção - 1971
Esse álbum marca de vez a mudança intelectual do artista, já sinalizada no álbum anterior. Do disco como um todo, nada se perde. Até "Acalanto" é boa, apesar de ser bem triste. Foi, sem dúvidas, um divisor de águas na carreira do compositor. A
Sinal Fechado - 1974
Versões muito bem feitas e uma música própria, "Acorda, amor", com assinatura do seu pseudônimo Julinho da Adelaide. A-
Meus Caros Amigos - 1976
Esse álbum e o que o segue são verdadeiras obras-primas da música brasileira, e, como tal, têm de serem todo dia postas para tocar, terem versões constantes de outros artistas, e tudo mais. Desde "O Que Será (À Flor da Terra)" até "Meu Caro Amigo", o disco é uma viagem pela então criativa mente de Chico. A+
Chico Buarque - 1978
Também conhecido como "Feijoada Completa", nome da primeira música, esse disco é feito de músicas novas, regravações de canções censuradas e ainda um cover de uma canção em castelhano. Tudo nele soa bem, desde temas animados como "Apesar de você" até músicas tristes como "Pedaço de Mim". A+
Vida - 1980
Eu, particularmente, tenho muito apreço por esse álbum e pelo que o sucede. Temas como "Vida", "Mar e Lua", "Bastidores", "Morena de Angola", "Bye Bye Brasil" e "Não Sonho Mais" são clássicos da MPB. Acho que todo mundo teria que ter uma cópia desse álbum em casa. A-
Almanaque - 1981
Um álbum doce, com algumas letras à beira do nonsense (como em "A voz do dono e o dono da voz", protesto contra a gravadora antiga) e músicas românticas ("As Vitrines", "Ela é dançarina", "Tanto Amar" e "Amor Barato") e realistas ("O meu guri"). Enfim, um disco que se destaca na grande obra de Chico. A
Chico Buarque - 1984
Nesse álbum, Chico começa a dar sinais de fadiga criativa. Apesar de ainda ter grandes temas como "Pelas Tabelas", "Vai passar", "Samba do grande amor" e "Suburbano Coração", o disco como um todo não é como os dos tempos áureos. Mas, sim, ainda é excelente. B+
Francisco - 1987
O disco se resume em "O Velho Francisco", "Cantando no Toró" e Chico tentando fazer literatura em música. C
Chico Buarque - 1989
Temas bonitos e melodias bem pensadas. A canção cantada por Bebel é fora de série. "O Futebol" também se destaca. É, com certeza, um passo maior do que o anterior. C+
Paratodos - 1993
O álbum que levou Chico de volta às paradas de sucesso. Com temas diversificados, ele é criativo do início ao fim, o que demonstra que alguns artistas (como Dylan), conseguem fazer música de qualidade mesmo depois de maduros. B+
As cidades - 1998
Capa criativa e "Carioca". C+
Carioca - 2005
Canções memoráveis como "Subúrbio", "Ode aos Ratos", "Dura na Queda", "Ela Faz Cinema" e "Renata Maria" (em parceria com Ivan Lins), lançadas ao lado de músicas lentas. B+
Chico - 2011
Um álbum extremamente bem feito e do qual não se perde uma só canção. É, certamente, um produto que você deve conferir. A-
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