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Mostrando postagens de novembro, 2014

Bob Dylan - John Wesley Harding (1967)

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Em 1967, Dylan mudou totalmente o rumo da sua carreira. Após lançar três álbuns elétricos e revolucionários, ele sofreu um acidente de moto e, por causa disso ou não, resolveu parar com tudo e se recolher em casa. Nesse período, ele voltou às raízes do folk, presentes nos seus anos iniciais. Desses meses de reclusão, foram gravadas músicas que depois seriam lançadas em um álbum dos anos 70. Passada essa fase, ele compôs as músicas que seriam de John Wesley Harding , uma obra folk que parece nos remeter a um passeio de história do século XIX. Se, à primeira audição, as músicas parecem soar repetitivas (por terem gaita e violão na sua maioria), nas vezes seguintes que você o escutar, vai ver a beleza individual de cada faixa, como a linda faixa-título de abertura. Agora, Dylan não tinha pressão para lançar um trabalho excelente mas, mesmo assim, o fez. Até hoje esse disco aparece em lista de melhores álbuns e é muito apreciado pelos fãs do compositor. Suas letras deixam a complexi

Legião Urbana - Uma Outra Estação (1997)

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O álbum póstumo Uma Outra Estação  foi lançado em 1997, com músicas em sua maioria que ficaram de fora do projeto A Tempestade [B+] , originalmente feito para ser um álbum duplo, que foi recusado pela gravadora. Porém, três delas são da época de Renato de Trovador Solitário e algumas gravações de músicas de outros autores. "Riding Song", a música que abre o álbum, conta com um ritmo forte e depoimentos dos membros da Legião de 1986, onde diziam seus nomes e alguns dados. A canção tem somente dois versos: "eu já sei o que eu vou ser / ser quando eu crescer", numa resposta talvez a "Pais e Filhos", na qual a criança não sabe o que vai ser quando se tornar adulta. "Uma Outra Estação", cantada com um tímido vocal de Renato e que nos seus arranjos tem até um pianinho, diz "gosto quando estou feliz / gosto quando sorris pra mim", com mensagem dirigida a talvez um amor de Renato. A próxima faixa, "As Flores do Mal", novamente t

Legião Urbana - A Tempestade (1996)

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Com a produção um tanto inferior comparada às dos três álbuns anteriores, A Tempestade é um álbum que foi feito com Renato já debilitado e a sua fase de pessimismo fica evidente nas letras de canções como "Natália". Por isso, quando for ouvir essa obra, não espere que seja um som pra cima ou de alegria, pois é justamente o contrário, é um disco reflexivo e com letras geralmente tristes. Aliás, esse é o único disco da banda em que eu prefiro as letras às melodias e arranjos. Começando com "Natália", um rock pessimista, diz "vamos falar de pesticidas e de tragédias radioativas / de doenças incuráveis, vamos falar de sua vida". Pelo meio, diz "a felicidade é uma mentira". Estava claro que Renato se encontrava emocionalmente abalado pela doença e certeza de morte próxima. A música termina dizendo "quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você". A charmosa "L´avventura", diz "quem pensa por si mesmo é livre / e ser liv

Legião Urbana - V (1991)

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Com o que começou em As Quatro Estações [A+] , a banda estava mais preocupada com arranjos bem feitos e deixando pra trás a produção um tanto rude dos três primeiros álbuns. Agora, usavam muitos instrumentos e produziam um som com menos influência do punk  e indo mais pro pop , tendência que acompanharia a Legião por mais alguns anos. Dessa forma, V  se faz uma obra prima rebuscada, como um diamante lapidado. Metaforicamente, se antes a banda lançava bons produtos, mas não tão bem embrulhados, agora mandava ao ouvinte com uma espécie de caixinha e bem empacotado. O álbum parece uma continuação do anterior e, depois dele, O Descobrimento do Brasil  continua a saga pop  legionária. Abrindo o disco com "Love Song", que mais parece um canto gregoriano acompanhado de arranjos, faz-se uma faixa pequena e não tão notável. "Metal Contra as Nuvens", a faixa mais comprida de toda a história da banda, tem várias fases e une vários estilos. "Eu sou metal, raio relâmp

Legião Urbana - Que País É Este? (1987)

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Em 1987, a Legião já era bastante conhecida Brasil afora. Porém, tinham algumas canções bem antigas, da época do Aborto Elétrico (banda antiga de Renato Russo) que nunca tinham sido lançadas. Devido à insistência dos fãs, a banda lançou um álbum contando apenas com as músicas de quase dez anos atrás. A obra começa com a clássica e atemporal faixa-título, que até hoje permanece como um dos maiores hits da banda. Na letra, diz: "nas favelas, no senado / sujeira pra todo lado / ninguém respeita a constituição / mas todos acreditam no futuro da nação". A próxima faixa, "Conexão Amazônica", não se faz das mais bonitas do álbum, apesar de seu ritmo frenético. Certa altura, se repete: "yê-yê-yê", num refrão chamativo. "Tédio (com um T bem grande pra você)" retoma a qualidade do disco. "Andar a pé na chuva, às vezes eu me amarro / não tenho gasolina, também não tenho carro", diz sua letra. Numa batida um tanto de reggae, inicia-se "D