Legião Urbana - V (1991)
Com o que começou em As Quatro Estações [A+], a banda estava mais preocupada com arranjos bem feitos e deixando pra trás a produção um tanto rude dos três primeiros álbuns. Agora, usavam muitos instrumentos e produziam um som com menos influência do punk e indo mais pro pop, tendência que acompanharia a Legião por mais alguns anos.
Dessa forma, V se faz uma obra prima rebuscada, como um diamante lapidado. Metaforicamente, se antes a banda lançava bons produtos, mas não tão bem embrulhados, agora mandava ao ouvinte com uma espécie de caixinha e bem empacotado. O álbum parece uma continuação do anterior e, depois dele, O Descobrimento do Brasil continua a saga pop legionária.
Abrindo o disco com "Love Song", que mais parece um canto gregoriano acompanhado de arranjos, faz-se uma faixa pequena e não tão notável. "Metal Contra as Nuvens", a faixa mais comprida de toda a história da banda, tem várias fases e une vários estilos. "Eu sou metal, raio relâmpago e trovão", diz seu bonito refrão.
"A Ordem dos Templários" é uma canção instrumental bem feita, contando com bateria e violão, além de um teclado ao fundo. Nessa música, fica-se evidente o grande trabalho do produtor, ajudando a fazer desse álbum um clássico rebuscado. "A Montanha Mágica", uma música lenta, mas não tediosa, diz "estou só um pouco cansado / não sei se isto termina logo / meu joelho dói / e não há nada a fazer agora". Outra passagem interessante é "pra que servem os anjos? / a felicidade mora aqui comigo até segunda ordem".
"O Teatro dos Vampiros", começando com uma instrumental linda de bateria e violão, traz o que até hoje permanece uma das frases mais conhecidas do compositor: "acho que não sei quem sou / só sei do que não gosto". "Sereníssima", que conheci na versão acústica, contribui com certeza para a qualidade do álbum. Faz-se um pop folk de primeira, talvez com influência dos Byrds.
E, enfim, chegamos a aquela que é uma das minhas músicas preferidas da banda e, certamente, de vários outros legionários também, a reflexiva "Vento no Litoral". Sinceramente, não há o que comentar sobre ela e, se você nunca a ouviu, está aqui um conselho: ouça-a agora mesmo no YouTube! Da letra, destaco: "sei que faço isso pra esquecer / eu deixo a onda me acertar / e o vento vai levando tudo embora", mas cada verso dessa música é digno de nota.
"O Mundo Anda Tão Complicado", uma canção perfeitinha, tem a melodia às vezes até infantil e o ritmo nem tão calmo e nem tão lento. Certamente, é uma faixa que se destaca, mesmo num disco "de ouro" como esse. "L´âge D´or" é, na minha opinião, a mais fraca da obra mas, nem assim, é ruim. Sua letra diz: "aprendi a esperar, mas não tenho mais certeza / agora que estou bem, tão pouca coisa me interessa".
"Come Share My Life", uma música tradicional do folclore americano, termina o álbum em paz. Dessa forma, o V termina e, na gente, não fica um gosto de quero mais. Na minha opinião, esse disco tem o tamanho perfeito e não peca em nenhuma parte, mesmo com o arranjo meio bruto de "L´âge D´or". É, com certeza, uma obra-prima brasileira que você deve conferir.
Dessa forma, V se faz uma obra prima rebuscada, como um diamante lapidado. Metaforicamente, se antes a banda lançava bons produtos, mas não tão bem embrulhados, agora mandava ao ouvinte com uma espécie de caixinha e bem empacotado. O álbum parece uma continuação do anterior e, depois dele, O Descobrimento do Brasil continua a saga pop legionária.
Abrindo o disco com "Love Song", que mais parece um canto gregoriano acompanhado de arranjos, faz-se uma faixa pequena e não tão notável. "Metal Contra as Nuvens", a faixa mais comprida de toda a história da banda, tem várias fases e une vários estilos. "Eu sou metal, raio relâmpago e trovão", diz seu bonito refrão.
"A Ordem dos Templários" é uma canção instrumental bem feita, contando com bateria e violão, além de um teclado ao fundo. Nessa música, fica-se evidente o grande trabalho do produtor, ajudando a fazer desse álbum um clássico rebuscado. "A Montanha Mágica", uma música lenta, mas não tediosa, diz "estou só um pouco cansado / não sei se isto termina logo / meu joelho dói / e não há nada a fazer agora". Outra passagem interessante é "pra que servem os anjos? / a felicidade mora aqui comigo até segunda ordem".
"O Teatro dos Vampiros", começando com uma instrumental linda de bateria e violão, traz o que até hoje permanece uma das frases mais conhecidas do compositor: "acho que não sei quem sou / só sei do que não gosto". "Sereníssima", que conheci na versão acústica, contribui com certeza para a qualidade do álbum. Faz-se um pop folk de primeira, talvez com influência dos Byrds.
E, enfim, chegamos a aquela que é uma das minhas músicas preferidas da banda e, certamente, de vários outros legionários também, a reflexiva "Vento no Litoral". Sinceramente, não há o que comentar sobre ela e, se você nunca a ouviu, está aqui um conselho: ouça-a agora mesmo no YouTube! Da letra, destaco: "sei que faço isso pra esquecer / eu deixo a onda me acertar / e o vento vai levando tudo embora", mas cada verso dessa música é digno de nota.
"O Mundo Anda Tão Complicado", uma canção perfeitinha, tem a melodia às vezes até infantil e o ritmo nem tão calmo e nem tão lento. Certamente, é uma faixa que se destaca, mesmo num disco "de ouro" como esse. "L´âge D´or" é, na minha opinião, a mais fraca da obra mas, nem assim, é ruim. Sua letra diz: "aprendi a esperar, mas não tenho mais certeza / agora que estou bem, tão pouca coisa me interessa".
"Come Share My Life", uma música tradicional do folclore americano, termina o álbum em paz. Dessa forma, o V termina e, na gente, não fica um gosto de quero mais. Na minha opinião, esse disco tem o tamanho perfeito e não peca em nenhuma parte, mesmo com o arranjo meio bruto de "L´âge D´or". É, com certeza, uma obra-prima brasileira que você deve conferir.
- Avaliação: A+
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