Secos & Molhados - Secos & Molhados (1973)
Magistral. Essa é a palavra que melhor define este trabalho extremamente bem feito, que reúne poética afiada e melodias potentes. A voz de Ney Matogrosso interpretando as músicas de João Ricardo é uma coisa do outro mundo e consegue manter a qualidade artística do início ao fim.
Abrindo a obra temos "Sangue Latino", que logo demonstra a qualidade e também estranha (à primeira vista) voz feminina do cantor. O violão se faz presente e se mistura a arranjos bem elaborados. "O Vira" é um clichê de tão conhecida que é. Mas, mesmo já muito batida, tem sua beleza.
A satírica "O Patrão Nosso de Cada Dia" começa dizendo "eu quero o amor da flor de cactos, ela não quis" e se encerra com "patrão nosso de cada dia, dia após dia". A próxima faixa, "Amor", faz do jogo de palavras a sua real beleza.
Com "Primavera nos Dentes", de sua maioria instrumental, os artistas apostam mais na "atmosfera" do que na música em si. "Assim Assado" começa com o som de tambores e flautas, até que entra numa guitarra deliciosa. Em seguida, a voz de Ney apazigua tudo, cantando uma letra quase ininteligível.
"Mulher Barriguda", apesar do título, é uma frenética canção e, por que não, divertida? A letra dela teoriza sobre o futuro de uma criança que ainda vai nascer. Com "El Rey", inicia-se uma sequência de canções curtas, sendo elas "Rosa de Hiroshima" (poema musicado de Vinicius de Moraes), "Prece Cósmica", "Rondó do Capitão", "Andorinhas" e a atemporal "Fala", que fecha muito bem este disco, talvez o melhor nacional da década.
Abrindo a obra temos "Sangue Latino", que logo demonstra a qualidade e também estranha (à primeira vista) voz feminina do cantor. O violão se faz presente e se mistura a arranjos bem elaborados. "O Vira" é um clichê de tão conhecida que é. Mas, mesmo já muito batida, tem sua beleza.
A satírica "O Patrão Nosso de Cada Dia" começa dizendo "eu quero o amor da flor de cactos, ela não quis" e se encerra com "patrão nosso de cada dia, dia após dia". A próxima faixa, "Amor", faz do jogo de palavras a sua real beleza.
Com "Primavera nos Dentes", de sua maioria instrumental, os artistas apostam mais na "atmosfera" do que na música em si. "Assim Assado" começa com o som de tambores e flautas, até que entra numa guitarra deliciosa. Em seguida, a voz de Ney apazigua tudo, cantando uma letra quase ininteligível.
"Mulher Barriguda", apesar do título, é uma frenética canção e, por que não, divertida? A letra dela teoriza sobre o futuro de uma criança que ainda vai nascer. Com "El Rey", inicia-se uma sequência de canções curtas, sendo elas "Rosa de Hiroshima" (poema musicado de Vinicius de Moraes), "Prece Cósmica", "Rondó do Capitão", "Andorinhas" e a atemporal "Fala", que fecha muito bem este disco, talvez o melhor nacional da década.
- Avaliação: A+
Um detalhe pra "Fala" é que ela tem o arranjo de Zé Rodrix
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