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Mostrando postagens de novembro, 2013

Chico Buarque - Paratodos (1993)

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O disco que levou Chico de volta às paradas de sucesso se inicia com a faixa-título, que mais parece uma canção de Luiz Gonzaga, um baião muito gostoso e de melodia grudante. Na letra, o compositor homenageia grades nomes da música brasileira, tal como Tom Jobim e Dorival Caymmi. "Choro Bandido" também se destaca nessa obra, dizendo "mesmo que os cantores sejam falsos como eu / serão bonitas, não importa, são bonitas às canções", talvez numa auto-crítica ao seu canto que, nesse disco, diga-se de passagem, está muito bom. "Tempo e Artista", talvez um pouco monótona, não se faz das melhores canções, mas, se você for fã do cantor, pode dar uma conferida nela. "De Volta Ao Samba", um clássico dessa nova fase de Chico, comemora a sua própria volta à música, depois de sua pausa para escrever o livro Estorvo , lançado em 1991. "Eu sei que fui um impostor, hipócrita, querendo renegar seu amor", pede desculpas ao samba. "Sobre Todas

Mallu Magalhães - Pitanga (2011)

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Quando eu conheci a Mallu, em 2008, ela era um fenômeno tosco de internet que tinha ido no Altas Horas e no Jô Soares, mostrando-se uma pessoa imatura e provocando vergonha alheia nos dois programas. Além disso, tinha uma canção chamada "Tchubaruba", que, apesar do seu título horrível, era até boazinha. Bom, o tempo passou e eu fui vendo a Mallu em várias publicações, começando o namoro com Marcelo Camelo e lançando discos. Foi então que, em 2012, eu me senti curioso quanto à sua produção musical e, no seu site, baixei Pitanga, ficando, em seguida, bastante impressionado com a qualidade de suas canções. Apesar de não serem perfeitas, tinham melodias excelentes e letras confessionais, entrando no íntimo de sua alma romântica. Mallu mudou e não só no seu jeito, mas também na sua música. Se antes tinha influências folk como Bob Dylan, agora explora o samba, tocando-o num ritmo de MPB. Sim, existem vários tipos de se tocar um mesmo estilo musical. Há o clássico (samba de ra

Os Paralamas do Sucesso - Selvagem? (1986)

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No cenário do rock nacional, 1986 foi um bom ano, tendo como lançamentos Dois [A-] , da Legião Urbana, Cabeça Dinossauro [A-] , dos Titãs e Vivendo e Não Aprendendo , do Ira!. Nessa linha, Selvagem?  entra bem, confirmando a estética reggae-rock da banda. Nele, a poética insinuante de Herbert Vianna se faz presente, assim como os belos arranjos de Liminha. "Alagados", a faixa de abertura, talvez seja até hoje a canção de mais sucesso da banda, junto com "Meu Erro". Vibrante, com riff maneiro e vocal potente, tinha de tudo para virar um hit, o que acabou se concretizando. "Teerã" acalma o clima, sendo boa e cativante, dizendo "por quanto tempo ainda vamos ver / fotografias pela manhã? / imagens de dor / lições do passado". A terceira faixa, "A novidade", pode não se destacar entre as do álbum, mas é, com certeza, uma boa música, feita em parceria com Gilberto Gil. Ela canta a desigualdade do mundo, que de um lado tem o carnaval e,

Chico Buarque - Chico Buarque (1989)

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A charmosa "Morro Dois Irmãos" inicia esse disco de Chico Buarque, não tão bem quanto "O Velho Francisco" inicia o álbum anterior, mas consegue ser interessante. Com "Trapaças", a segunda faixa, a obra se mantém num bom patamar. "Na Ilha de Lia", composta em parceria de Edu Lobo, é lenta e charmosinha, mas não tão boa. A introdução de "Baticum" lembra a de "Alagados", dos Paralamas do Sucesso. Nos seus versos, aparecem "Bia falou: ah, claro que eu vou / Clara ficou até o sol raiar / Dadá também saracoteou". A canção é animada e tocada num ritmo rápido. Ela foi composta em parceria com Gilberto Gil. "Permuta dos Santos", novamente feita com Edu Lobo, é um tanto divertida e tem uma parte cantada em coro. E, enfim, chegamos à canção mais conhecida do álbum, "O Futebol", que diz "para estufar esse filó / como eu sonhei só se eu fosse o Rei / para tirar efeito igual ao jogador". O can

Chico Buarque - Francisco (1987)

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"Hoje é dia de visita / vem aí meu grande amor / ela vem toda de brinco, vem todo domingo, tem cheiro de flor" canta Chico na primeira canção do álbum, "O Velho Francisco", que conta a história de um ex-escravo. Nesse disco, o autor faz literatura em música, sendo esse o maior atrativo da obra, que nos mostra um compositor mais maduro e cuidadoso. "As Minhas Meninas" tem arranjos que nos remetem a Tom Jobim. Na melodia, parece-se com aquelas canções secundárias de seus primeiros discos, só que com letras melhores. "As minhas meninas pra onde é que elas vão se já saem sozinhas?", indaga o compositor. No jogo de palavras, repete-se muito a letra "m", numa poesia um tanto caetânica. "Uma Menina" talvez ficasse mais interessante se fosse tocada em um ritmo mais rápido e com arranjos inovadores, mas mesmo assim, é uma canção a se conferir. Ah, uma curiosidade dessa obra é que ela tem três capas, dessa forma, coloquei a que ac