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Direito: pura interpretação

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Luiz Fux disse, certa vez, que "o povo votou errado". Um dos maiores problemas das ciências humanas é justamente o fato de elas não terem uma definição clara do que é certo ou errado. Por exemplo, peguemos a matemática, uma ciência exata, e comparemos ela ao Direito. Um matemático sabe que 2+2=4 e que nunca será cinco, mas os advogados e juízes não sabem se aquilo que eles acham plausível está correto ou não. Uma prova disso são as votações do STF. Enquanto cinco ministros acham que, pela interpretação deles, determinada decisão deverá ser tomada de uma forma, seis deles discordam e acham que seria melhor ir por um outro caminho. Isso é bom e ruim. A parte boa do Direito não ser exato é que as penas podem se adaptar a cada tipo de caso, dependendo da análise do juiz. Por exemplo, se o Direito fosse exato, se determinaria que um sujeito fosse condenado a 4 anos assim que cometesse um assassinato, sem levar em conta as circunstâncias em que ele cometeu o crime. Isso seria...