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Mostrando postagens de 2023

The Beatles - Beatles for Sale (1964)

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Injustamente considerado um álbum aquém na discografia dos Beatles, o Beatles for Sale é, para mim, um disco sensacional. Tipo, se tivesse sido lançado por uma banda menor dos anos 1960, teria com certeza sido considerado uma masterpiece . Mas, como é um trabalho da maior banda de todos os tempos, ficou sendo considerado "fraco". Por ter alguns covers e poucas faixas de sucesso, alguns o têm como um "passo para trás" na discografia do grupo. Isso se deve também porque ele sucedeu o excelente A Hard Day's Night,  que tem todas as faixas compostas pela parceria Lennon/McCartney. "No Reply" já abre o disco muito bem. Além da melodia cativante, tem uma letra que "cumpre seu papel" e fala sobre um rapaz que não obtém resposta de sua amada e, além disso, a vê com outro rapaz. "I'm a Loser" já antecipa o John Lennon de "Help!". Analisando sua letra, chegamos à conclusão de que o compositor talvez não estivesse nos seus melh

Sobre Neil Young

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Da excelente discografia do mestre Neil Young, separei os discos After the Gold Rush e Harvest para comentar minha história com ambos os álbuns e expor informações gerais, num post descompromissado. Pelo primeiro trabalho, me apaixonei em 2012, ouvindo a sombria faixa de abertura, "Tell Me Why". Foi na mesma época que também me viciei em jóias como a "alegrinha" "Till the Morning Comes" e a faixa-título. O segundo, Harvest , foi um disco que dividiu opiniões na época do lançamento. Uns consideraram menos consistente que os trabalhos anteriores de Neil e outros diziam que era um disco perfeito. Eu concordo com o segundo grupo. Desse álbum, eu destaco o clássico "Heart of Gold", "A Man Needs a Maid" e "Old Man". Com seu folk/country rock, Harvest tem a sonoridade ideal para quem gosta de álbuns no estilo de Nashville Skyline do Bob Dylan. Para mim, Neil foi um dos melhores melodistas dos anos 1970. Como se já não bastasse a

Legião Urbana - Dois (1986)

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Cada disco da Legião Urbana é um retrato diferente da poesia sempre genial de Renato Russo. Dependendo do seu estado de espírito, temos letras mais tristes (como as do disco A Tempestade ), mais profundas (como em As Quatro Estações ) e "agridoces" (como no disco V ). Se o álbum de estreia mostra uma banda ainda se descobrindo em meio às influências britânicas de Renato (Beatles, Smiths, etc), esse segundo trabalho mostra uma consolidação magistral. Nota-se um grande avanço em termos de letras, melodias, arranjos... "Daniel na Cova dos Leões", com sua letra difícil de entender, marca presença com seu riff poderoso (que lembra a introdução de "Ainda é Cedo"). Jocosamente, o baterista da banda, Marcelo Bonfá, comentou com Renato na gravação: "não tenho ideia do que fala essa letra, só sei que é boa". "Quase sem Querer" é o segundo destaque que faço. Uma música "gostosinha" de ouvir, com alto astral e poesia descompromissada. Na