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Chico Buarque de Hollanda - Nº 4 (1970)

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Este disco tem a fama de ter sido "renegado" pelo Chico (devido às baixas vendagens em comparação com seus trabalhos anteriores). Talvez por isso alguns críticos argumentam que esse trabalho é "fraco" e que seria uma espécie de "patinho feio" na discografia do compositor. Mas a verdade é que, quando paramos para analisar os detalhes, vemos que se trata de um disco muito interessante e repleto de boas canções. O contexto do lançamento deste disco precisa ser explicado: Chico estava exilado na Europa e mandou para o Brasil fitas com seus vocais. Em cima desse material foram colocados arranjos, sem que o compositor pudesse dar muitos "pitacos" sobre a produção. Quando Chico voltou para o Brasil, as orquestrações já estavam quase todas prontas. O resultado foi que, em termos de arranjos, o disco se tornou uma "salada de frutas". Faltou coerência. Mas, se analisarmos as composições "cruas", notaremos que a genialidade do Chico

Chico Buarque - Chico (2011)

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Quebrando um hiato de cinco anos sem lançamentos, Chico Buarque retornou em grande estilo com este álbum. Olhando em retrospecto, essa obra se mostra mais criativa do que Carioca , de 2006. Nela, Chico deixou um pouco de lado a sua sempre complexa poética, em favor de uma linguagem mais simples e acessível. Os arranjos também são superiores aos dos seus trabalhos anteriores. Instrumentos de sopro se fazem presentes na música de abertura, “Querido Diário” (por sinal, a mais bonita do disco). Em sua letra, o eu-lírico é solitário e flerta com religião, depois terminando por encontrar um amor. O ritmo do disco é em geral lento, o que pode parecer um tanto enfadonho para alguns ouvintes. A minha dica é ouvir a obra sem pretensões, prestando atenção nos detalhes bem produzidos do álbum (como o coral em “Tipo um Baião”, uma clara homenagem a Luiz Gonzaga). Um detalhe é que Chico, contrariando artistas como Bob Dylan e Paul McCartney, melhorou seu canto com o tempo. Nesta obra, está afinadíss