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Caetano Veloso - Cinema Transcendental (1979)

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Nota : este texto foi originalmente postado por mim no Facebook  em 11 de agosto de 2018, como parte de um "desafio" de se publicar uma revisão de discos importantes na minha vida diariamente, durante dez dias. O texto original é o que segue. Hoje vou falar de um disco fantástico, o melhor de Caetano Veloso (na minha modesta opinião) e um dos melhores da MPB: o grande Cinema Transcendental . Lançado em 1979, fecha a década de 1970 em grande estilo, terminando uma espécie de "trilogia fantástica" de Caetano, da qual também fazem parte os álbuns Bicho  e Muito . Nessa época, o músico deixou de lado o experimentalismo de discos como Araçá Azul  e Jóia , concentrando-se em fazer bonitas letras e melodias. Uma coisa que eu noto também é que as letras nesse álbum estão mais simples do que o padrão de Caetano (com exceção da muito complexa "Cajuína"), um processo parecido com o que aconteceu com Bob Dylan em álbuns como Nashville Skyline  e New Morning . ...

Discografia comentada: Caetano Veloso

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Domingo - 1967 A influência da bossa nova é evidente nesse primeiro trabalho de Caetano. As canções, em sua maioria de ritmo lento e com bonitas letras, têm arranjos básicos e são muito bem cantados pelo artista e Gal Costa. Das canções, destaco "Coração Vagabundo", "Onde eu nasci passa um rio" e "Remelexo". Se você for um fã de João Gilberto, ouça também a melódica "Avarandado", regravada pelo mestre da bossa nova. Caetano Veloso - 1967 Aqui se inicia realmente o Caetano revolucionário, com canções modernas e de uma poética até então inexistente, vindo a influenciar uma grande gama de artistas, principalmente do underground  setentista (Sérgio Sampaio, Carlinhos Vergueiro, Walter Franco, etc.). Começando com a atemporal "Tropicália", que viria a dar o nome do movimento depois montado por Caetano e Gilberto Gil. "Clarice" parece remeter ao álbum anterior, com seu ritmo lento. Fora essas, destaco "Alegria Alegria...

Caetano Veloso - Caetano Veloso (1969)

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A música livre de Caetano foi se maturando desde o seu primeiro disco até que, em 1969, alcançou uma forma própria, que duraria até Transa , de 1972. A capa, simples e contendo apenas a assinatura do cantor, se faz um dos mais bonitos de sua carreira. "Irene", a faixa de abertura, é linda e um tanto engraçada pelo modo como os versos se põem. "Quero ver Irene dar sua risada" é a frase que nela se repete e, aqui, vemos a diferença poética de Chico para Caetano. Enquanto um se apega a estrutura e letra extremamente bem feita, o outro vai por um caminho diferente, que é o caminho de Milton e Gil, colocando versos que, mesmo que não façam muito sentido, mas que são sonoros e musicalmente bonitos. "The Empty Boat" é uma canção entediante e de climax . O inglês de Caetano é muito bom e isso o faz compor tanto na língua de Camões quanto na de Shakespeare. "Marinheiro Só" é uma música tradicional da Bahia que o cantor interpreta magistralmente, jun...