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Mostrando postagens de outubro, 2013

Chico Buarque - Chico Buarque (1984)

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Depois do projeto O Grande Circo Místico , Chico se concentra no seu novo álbum e, mais uma vez, o nomeia com seu próprio nome (esse ato era comum no Brasil antigamente). A primeira canção é excelente, "Pelas Tabelas", que contém os versos "ando com minha cabeça já pelas tabelas / Claro que ninguém se toca com minha aflição". Os versos são intermináveis e sempre se juntam com o posterior, na qual é, talvez, a melhor canção do álbum. "Brejo da Cruz", criativa e cativante, mantém a boa qualidade da obra. O canto do artista parece ecoar, num efeito bem bolado pelo produtor do disco. A letra, um lamento acerca da pobreza humana, contando a história de meninos azuis de fome que, literalmente, se "alimentam" de luz. Em parceria com Dominguinhos, "Tantas Palavras" se faz presente, dando um clima mais leve e lento ao álbum. É bonita e muito bem arranjada, com uma sanfona (talvez do co-autor) e piano marcante. A interessante "Mano a M

Pensamento

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Robert Christgau, um dos mais respeitados críticos de rock Eu não acho que a minha opinião seja superior a de qualquer pessoa, ideia que costumam ter de críticos em geral, de que supostamente nos achamos "os tais" e que nos valorizamos. Isso é falso e, te garanto, quem se acha mais importante do que o outro está muito equivocado. Eu e a maioria dos meus colegas apenas gostamos de expor nossos pensamentos e participarmos de discussões com gente que discorda ou concorda conosco. Acho que todos nós deveríamos fazer isso publicamente e não apenas com nossos amigos. Sim, pois, com os mais próximos, todo mundo faz isso, basta ver as discussões numa roda de conversa, onde cada um expõe seus pensamentos sobre religião, política e esportes em geral. Acho, também, que a maioria das pessoas não tem tempo para gastar ouvindo discos e nem estudando sobre os artistas. Então, elas se pegam a nós, indivíduos que já viram muito daqueles tópicos e têm condições de os dizer quais bandas

Legião Urbana - As Quatro Estações (1989)

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Esse é o primeiro álbum do que considero as obras mais bem feitas da Legião: As Quatro Estações , V e O Descobrimento do Brasil . Datado de 1989, foi o primeiro disco sem a participação do baixista Renato Rocha (que hoje em dia é morador de rua). Seja por fatores monetários ou de afinidade, agora a banda era composta por três músicos: Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, transformando-se talvez no trio mais reconhecido do país. Para início de conversa, o compositor principal estava mais maduro e realmente disposto a lançar álbuns bem trabalhados e cada vez melhores. Se o disco de estreia e Dois dividem músicas excelentes com outras sem sal e Que País É Esse conta com regravações da época do Aborto Elétrico, As Quatro Estações é feito por canções de letras memoráveis e melodias únicas. Começando com "Há Tempos", um rock belo e com letra que faz jus à genialidade de Renato. Dela, destaco esse trecho: Disseste que se tua voz Tivesse força igual À imensa

The Jam - In The City (1977)

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Lançado em 1977 pela banda The Jam, sendo seu álbum de estreia, entra bem no cenário punk da década. Sendo extremamente bem cantado por Paul Weller e tendo ritmo marcante da primeira à última canção, se faz uma obra para se recordar, principalmente se você curte esse tipo de música. Começando pela frenética "Art School", que passa rebeldia por todos os lados, algo característico do movimento do qual a banda faz parte. Como segunda faixa, "I´ve Changed My Address", que se mostra eficiente em manter o ritmo rápido da obra, tem a guitarra mais presente e uma potente batida de bateria. Mas, sinceramente, em termos de qualidade artística, os rapazes ainda pareciam muito imaturos e seu som parecia sujo e sem requintes. "Slow Down", música de Larry Williams, sendo um blues-rock dos anos 50 (no estilo de Elvis e Little Richard), mas tocado em ritmo punk, a banda sobe um pouco seu conceito. O vocal agressivo de Paul Eller se faz como um dos fatores que fazem

Chico Buarque

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Francisco Buarque de Hollanda é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos. A sua profunda inspiração melódica (que encontra quase sempre um encaixe perfeito com suas elaboradas letras), o fez ter uma carreira exitosa por quase seis décadas. Primeiros anos (1944 a 1965) Nascido no Rio de Janeiro e criado em São Paulo, Chico teve desde criança uma grande influência de Noel Rosa, Pixinguinha e, mais tarde, João Gilberto. Sua primeira composição, "Luz dos Olhos" (de 1959), já mostrava nuances de sua genialidade. Mas foi somente com "Marcha para um Dia de Sol", de 1964, que Chico descobriu o seu estilo característico.    O Chico dos primeiros sambas (1966 a 1969) De "Tem Mais Samba" (canção considerada pelo próprio artista como o "marco zero" de sua obra) ao seu disco em italiano, Chico era um árduo compositor que, por ocasião, se tornou também intérprete. Durante o Festival Record da Canção de 1966,

As modinhas da música pop

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Quem não conhece aquelas músicas basiquinhas, de melodia retrô e que nos remetem talvez à nossa velha infância? Os artistas sempre lançam algumas delas ao longo de sua carreira, e aqui listo uma parte. Chico Buarque - A Banda Cat Stevens - Moonshadow Bob Dylan - Winterlude Ronnie Von - A Praça Roberto Carlos - Olha / Oh, Meu Imenso Amor Paul McCartney - Calico Skies Christophe - Les Marionettes Beatles - Love Me Do / Ob-La-Di, Ob-La-Da / Piggies